sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Tecnologia para Todos

www.tecnologiaparatodos.com.br

O prórpio nome já diz tudo: tecnologia para todos! Um conjunto de dicas e informações sobre tecnologia. Uma verdadeira tradução do "tequiniques" para uma linguagem acessível a todos, até para aqueles que não entendem de tecnologia!!! Vela a pena!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Aprendendo para mudar, mudando para aprender!

Indico um video muito interessante: http://www.youtube.com/watch?v=-uqDyBR29as

Vale a pena refletir sobre essas citações e opiniões! São CEO`s de grandes empresas que nos colocam a necessidade de repensar a educação segundo as demandas que o século 21 já nos apresenta. É realmente uma grande mudança!

Boa tarde e boa chuva!! :-)

Mudança de paradigma

Publico aqui a entrevista que saiu no Estado de SP, com vice-presidente global de Educação da Cisco, Michael Stevenson. Destaco a ênfase na necessidade de pensarmos em novos modelos de aprendizagem, pois caso contrário a tecnologia será sempre subutilizada no contexto educacional!

Bom dia!!

'Tecnologia só ajuda quando o modelo de aprendizado muda', diz executivo
Em entrevista ao Estadão.edu, Michael Stevenson, da Cisco, defende implantação de tecnologia e mudanças em sala de aula
21 de fevereiro de 2011 | 11h 04

Carolina Stanisci - Estadão.edu

O vice-presidente global de Educação da Cisco, Michael Stevenson, esteve na semana passada no Brasil para conversar com gestores de faculdades e apresentar no País o ambiente educacional, com ferramentas tecnológicas, da empresa. O grupo sonda algumas faculdades e escolas, em grandes cidades brasileiras, para implantar projetos de tecnologia educacional. Veja abaixo os principais trechos da entrevista, em que ele defende uma mudança dos espaços de sala de aula e acha desnecessário que cada aluno tenha seu próprio computador, mas todos devem estar, o tempo todo, conectados.


Quanto a Cisco investe em tecnologia educacional no mundo?

Eu imagino, que nos últimos dois anos investimos entre US$ 2 milhões e US$ 3 milhões no desenvolvimento do ambiente de aprendizado da Cisco.E é provável que a gente invista 3 ou 4 vezes esse valor em nossas tecnologias de aprendizagem ao longo dos próximos anos. É um investimento crescente. O que mais fazemos é pegar a tecnologia que está sendo desenvolvida para uso geral e fazer versões dela para educação. Mas, acho, nos últimos 10 anos, construímos uma rede acadêmica. Agora temos mais ou menos um milhão de learners (usuários) do programa pelo mundo. Chamamos de "a maior classe do mundo".


Você comentou, em sua apresentação no Brasil, que nunca devemos "começar pela tecnologia". O que quer dizer com isso?

O sistema deve ter um foco grande para fornecer aos jovens aprendizes as habilidades do século 21. Habilidades, como, por exemplo, resolver problemas muito complicados. Não sozinho, mas trabalhando em grupo, em que cada membro dá uma contribuição muito específica. Para oferecer essas habilidades aos estudantes, você tem que redesenhar o processo de ensino e aprendizado. Provavelmente, tem que mudar o esquema de um professor em frente à classe falando a 30 jovens atrás de carteiras para pequenos grupos de aprendizes trabalhando em difíceis e excitantes projetos. Por exemplo, entendendo como doenças genéticas são transmitidas. Para isso, eles têm que usar seu conhecimento em biologia, matemática, ética, história. Se você quer ver esse tipo de aprendizado, também precisa redesenhar o acesso a essas habilidades e treinar os professores. Aí, só então, a tecnologia poderá ajudar. A tecnologia tem que apoiar a visão certa para o aprendizado do século 21. Senão, é só ratificar velhos modos de fazer as coisas.


O que acha da política de fornecer em sala de aula um computador por aluno? O governo brasileiro investe nisso. E, indo mais longe - qual seria o tipo de sala de aula ideal para você?

Vamos falar primeiro sobre o espaço. É improvável que o espaço que melhor suporta um grupo de pessoas jovens trabalhando em um projeto multidisciplinar, durante muitas semanas, seja uma sala de aula tradicional. É muito mais provável que o espaço seja formado por pequenos grupos, trabalhando em colaboração - pode ser um espaço grande, pode ser um espaço pequeno. É bom ser confortável, com cadeiras e sofás. Mas, sobre a tecnologia: nós não acreditamos realmente que cada criança precisa ter um computador. Acreditamos na "onipresença da conectividade". Sempre que um aluno estiver na escola, talvez na rua e certamente em casa, ele deve estar conectado. Eles precisam estar aptos a acessar a mídia que eles precisam. O importante é a qualidade da experiência. O fato de que estar sempre em um ambiente com internet é importante, mas não é importante que a criança tenha o mesmo tablet ou laptop de todas as outras crianças da sala.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Estou há tempos para começar um blog! Por sugestão do meu marido, já deveria estar com ele no ar, mas aproveito um artigo que foi publicado na Folha de SP hoje para dar início a esse espaço de compartilhamento e discussões sobre o tema Educação e Tecnologia!!

Sejam todos bem-vindos!

ANÁLISE

Usar tecnologia na educação não é uma escolha, é essencial
...
A DINÂMICA DAS AULAS PRECISA SER REPENSADA, ASSIM COMO A DEFINIÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO

ADRIANA MARTINELLI CARVALHO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Na última década, houve uma gigantesca evolução tecnológica dentro de uma mesma geração. Por isso, torna-se inconcebível pensar na ação formativa de crianças e jovens sem envolver as TICs (tecnologias de informação e comunicação).

Os educadores, que não experimentaram inicialmente essa vivência tecnológica, também se deparam com o desafio de entender o seu papel nesse contexto.

Computadores com acesso à internet já são realidade em boa parte das escolas. O sistema 1:1 -um computador para cada aluno ou jovem- começa a ser implementado, e os obstáculos de infraestrutura são lentamente superados. No entanto, o que para muitos era um jargão -"não basta ter acesso, é preciso saber o que fazer com a tecnologia"- hoje é a questão mais urgente a ser respondida.

A tecnologia permite colocar pessoas em contato com pessoas e todas em contato com a informação, em qualquer tempo e de qualquer lugar. Este é o grande potencial das TIC's na educação.

No entanto, disponibilizar isso ao aluno, sem relacionar à sua formação, não tem valia. É fundamental garantir ao educador uma formação voltada à compreensão do uso dessas tecnologias na vida de crianças e jovens para aproximar e integrar duas gerações: a de "nativos" e a de "imigrantes digitais".

Essa formação deve valorizar a metodologia para, através das TICs, garantir o desenvolvimento de competências, sem, no entanto, limitá-la aos aspectos cognitivos dos conteúdos curriculares.

O desempenho escolar é fundamental, mas sabemos que um conjunto maior de habilidades é necessário para a formação do indivíduo e sua atuação bem-sucedida no mercado de trabalho.

Por isso a urgência de refletirmos como a tecnologia afeta o comportamento dos alunos e como sua utilização pode contribuir na promoção da aprendizagem.

O fato de, em algumas escolas brasileiras, públicas ou privadas, alunos terem acesso ao aprendizado 1:1 não significa que a sua performance escolar será melhor.

É importante avaliar como essa tecnologia tem sido utilizada e de que forma os educadores lidam com esse novo contexto. Certamente a dinâmica das aulas precisa ser repensada, assim como a criação de práticas e a definição de estratégias de avaliação.

A utilização das TICs não é uma escolha, mas uma ferramenta essencial para aproximar crianças e jovens de uma educação real e eficaz.

---------

ADRIANA MARTINELLI CARVALHO é coordenadora da área de Educação e Tecnologia do Instituto Ayrton Senna.